sábado, 4 de abril de 2009

Eu escrevo coisas que entendo e que não entendo, não por querer entendê-las, mas, simplesmente, por escrever.
Eu escrevo sobre papéis amassados, rasurados, estampados, lisos, rasgados, inteiros, infantilizados, envelhecidos, perdidos, vazios, em branco.
Eu escrevo sobre histórias invertidas, marginalizadas, desnudas, alheias, próprias, divididas, secretas, perigosas, ingênuas.
Eu escrevo sobre as delícias da vida, do ser humano, do amor, da amizade, da felicidade, da solidariedade, da saudade, do perdão, do recomeço.
Eu escrevo sobre a dor, o ultraje, a desigualdade, a mágoa.
Eu escrevo sobre o que pode nos tornar a dor, o ultraje, a desigualdade, a mágoa.
Eu escrevo de forma veloz, porque minhas palavras não esperam o virar da página.
Eu escrevo livre.
No papel cabe o universo, os sentimentos, minhas impressões de mundo, ainda que transitórias.
Eu escrevo livre.
A verdade estampada, camuflada, a mentira romanceada, impudica.
Eu escrevo livre.
Eu não escrevo para que me entendam, eu escrevo, despretensiosamente, por escrever.
Eu escrevo livre.



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